8.4.11

Crônica de um Amigo- Katharina Goldoni

 MAIS UM...
Mais um Natal, mais um ano, mais um amor, mais uma música, ...
 O que tudo isso significa?
 Podemos então perceber que nessa só ganhamos, a cada dia que passa. Ao conhecer alguém novo, ganhamos mais uma experiência de vida, ao ajudar ao mínimo, ganhamos o agradecimento, ao amar, ganhamos o amor... Mas o importante disso tudo, não é exatamente ganhar, é que sabemos que não iremos perder as coisas mais importantes, porque a cada ato seu, algo está sendo adicionado no seu coração.
 E eu agradeço por estar aqui agora bem pertinho do Meu mundo e prometo curtir mais esse ano que vai chegar, que ele seja muito bem vindo! E tudo o que vier com ele também...
 Afinal, acredito na teoria de que TUDO está conectado. Imagine, linhas infinitas, nos ligando a tudo o que está ao nosso redor.  Então porque alguma coisa faria mal para nós? Até as coisas que não nos agrada, no final de tudo, só estavam fortalecendo nosso coração mole.


Crônica de Katharina Goldoni  
Blog: osereestar.blogspot.com

4.4.11

A luz

Sim. Há apenas uma única luz no meu quarto escuro. A luz vermelha.
A luz muda de cor, mas apenas quando eu quero. Na escuridão do meu quarto, ela parece aumentar cada vez mais. 
Aquela pequena luz redonda, no preto, parece mais um olho de um robô maligno.
 Um robô, um pouco de sangue, uma boca, um laser, uma luz. 
A imaginação vem na pior hora, ou nem tanto. No mesmo tempo em que posso imaginar uma alma, alguém ali, posso transformar esse pequeno fato em uma simples crônica. E assim apertar o botão do controle para trocar de cor a pequena luz e poder ver minha tv tranquilamente.

1.4.11

Dia Comum?

Era uma segunda-feira e depois de um longo dia de aula estava cansada, com calor e com fome. Como sempre.
Quando atravessei o portão de saída da escola, fui correndo em direção ao metrô, pois queria chegar logo em casa e ter a sensação da água gelada do chuveiro em meu corpo suado, como se estivesse debaixo de uma cachoeira.
Após passar meu bilhete único na catraca, desci as escadas em um passo mais acelerado e entrei no primeiro vagão que vi.
- Próxima estação Vila Mariana - falou a voz fininha, fina demais que era capaz de estourar nossos tímpanos, de dentro da caixa de som.
Antes que a porta se fechasse, uma mulher que aparentava ter trinta e quatro anos entrou rapidamente no vagão. Todos os olhos possíveis ali se viraram a ela.
A mulher vestia-se como se estivesse inverno. Usava uma sapatilha baixa na cor azul, e muitos panos e lenços, que não deixavam nem ver o que estava vestindo. Mas era bonita, linda, pelo menos seus olhos eram. Pela fresta do seu lenço preto que cobria seu  rosto, só podia ver seus grandes olhos verdes, com cílios bem pretos curvados para cima, sempre olhando para o lado, aqueles olhos envolta tão pretos.
Ao sentar no acento azul, próprio para pessoas idosas, começou a tocar uma música alta no lugar onde ela  estava e só assim pude entender que usava fones de ouvido brancos.
A música a cada segundo aumentava de volume, só assim que todos repararam que não era uma música comum e nem uma muçulmana comum. Ela se levantou e começou a cantar o mais alto que conseguia : "Rah,rah,ah,ah,ah,ah! Rama-ramama-ah. Gaga-ooh lala! I want your bad romance"
Todos começaram a rir e depois a cantar. Dentro do vagão parecia uma grande festa. Logo depois de uma estação saí com uma sensação de prazer, como se acabasse de comer uma grande barra de chocolate.